Confesso que me tem causado uma certa perplexidade a indiferença das pessoas em Castro face às eleições autárquicas que se avizinham, e que lhes deveriam dizer directamente respeito.
A poucos dias das eleições, em plena época eleitoral, não se ouve ninguém a falar, nos cafés, bares, no mercado, de política, dos problemas que as afligem.
Ao longo dos ultimos trinta anos habituaram-se a ter na Autarquia o Fernando Caeiros ,no qual votavam maquinalmente na época das eleições autárquicas, e pronto. Deixavam que tudo fosse por ele resolvido, até à próxima votação.
O tempo tem sido de vacas gordas, a Mina tem garantido empregos bem remunerados e derramas generosas, a Vila tem-se embelezado e aburguesado.
A questão é que se aproximam tempos dificeis, baixas nas derramas, que possivelmente vão ter de ser divididas com Almodôvar, o minério não dura sempre, a relação -custos de produção/preços de venda, começam a criar dificuldades, e torna-se necessário repensar a economia da autarquia.
Está pois na hora de despertar as consciêcias, reabituá-las a participar na resolução dos problemas.
Toca a discutir e pôr tudo em questão, a decidir,e não esperar que voltem a pôr-nos à frente um kit de "pronto a usar" , um "descartável" que não necessite da nossa participação.
