terça-feira, 25 de agosto de 2009

VAMOS LÁ ACORDAR

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Confesso que me tem causado uma certa perplexidade a indiferença das pessoas em Castro face às eleições autárquicas que se avizinham, e que lhes deveriam dizer directamente respeito.

A poucos dias das eleições, em plena época eleitoral, não se ouve ninguém a falar, nos cafés, bares, no mercado, de política, dos problemas que as afligem.

Ao longo dos ultimos trinta anos habituaram-se a ter na Autarquia o Fernando Caeiros ,no qual votavam maquinalmente na época das eleições autárquicas, e pronto. Deixavam que tudo fosse por ele resolvido, até à próxima votação.

O tempo tem sido de vacas gordas, a Mina tem garantido empregos bem remunerados e derramas generosas, a Vila tem-se embelezado e aburguesado.

A questão é que se aproximam tempos dificeis, baixas nas derramas, que possivelmente vão ter de ser divididas com Almodôvar, o minério não dura sempre, a relação -custos de produção/preços de venda, começam a criar dificuldades, e torna-se necessário repensar a economia da autarquia.

Está pois na hora de despertar as consciêcias, reabituá-las a participar na resolução dos problemas.

Toca a discutir e pôr tudo em questão, a decidir,e não esperar que voltem a pôr-nos à frente um kit de "pronto a usar" , um "descartável" que não necessite da nossa participação.

domingo, 16 de agosto de 2009

"vamos votar contra, ...mas qual é mesmo o texto da proposta?

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A QUALIDADE DA DEMOCRACIA


OS CAMINHOS DA DEMOCRACIA TEM DE SER OPTIMIZADOS DIARIAMENTE


Já aqui disse que o sistema democrático é o menos mau de todos os sistemas já conhecidos e testados.
Houve aí mum cromo que ,ou por má fé, ou por iletracia funcional, entendeu logo que estava a defender a ditadura.
Claro que não.
A democracia, mesmo com defeitos, é cem vezes preferível a qualquer ditadura.Qualquer...!!!

Disse também que o sistema partidário, e não é só em Portugal, chegou a um ponto, em que os partidos só se interessam em atingir o Poder, com comportamentos clubisticos inaceitáveis.
Foi assim que a I Republica em Portugal estiolou em 1926, e que as democracias dos anos 20 e 30 levaram ao fascismo alemão e italiano.

Mas vamos ao que aqui realmente está em causa.
Os Partidos políticos ao levar a um extremo patético os seus métodos de conquista e manutenção do Poder ,vão ,a continuar com este tipo de comportamentos ,a pôr em causa o sistema.

A que raio de democracia chegámos, e falo a nível global, em que a uma proposta de lei de um Partido, os outros frespondem : "Votamos contra, mas digam lá de que trata a proposta"

Então e a substância? Então e o interesse público? E a resolução dos problemas reais da populações?

O TGV é um bom exemplo, pois quando o PSD estava no Podêr era um bom projecto, agora na oposição já é mau, o mesmo para a construção de auto-estradas (lembram-se do Ferreira do Amaral e dos desastres de construção que foram a segunda Circular em Lisboa, que teve de ser toda emendada) e outras obras públicas..

É obrigatório rejeitar uma ideia válida se fôr de iniciativa de um parido ontrário?
Não deveria haver assertividade na procura de soluções para o bem comum e não do Partido?

Em breve estaremos em Portugal perante um tremendo problema político.

Se nenhum Partdo obtiver maioria a bsoluta , e parece que não terá, iremos ter um País ingovernável, pois como temos vindo a constatar nenhum Parido sem maioria absoluta oderá vêr um Orçamento ou uma Lei de sua autoria ser votada positivamente pelo Parlamento.. A irredutibilidade dos outros Partidos , só preocupados com o seu umbigo levá-los-à a rejeitar liminarmente tudo o que não seja seu.

Em 1926 em Portugal, isto deu lugar à ditadura retrógada salazarenta.
Em 1936 em Espanha, à guerra civil.
Na Alemanha de 1933 ao mergulho no Partido de Hitler e ao Fascismo criminoso e brutal.

Assertividade e bom cnso precisa a democracia em todo o mundo.

autárquicas

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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

INTEMPORAL

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RUY BARBOSA FOI
UM GRANDE POLITOCO
E ESCRITOR BRASILEO-
RO,LUTADOR INDOMÁVEL
PELA DEMOCRACIA E
CONTEA O ESCLAVAGIS-
MO E A DESCRIMONAÇÃO.

ESTE TEXTO PUNGENTE
PODERIA TER SIDO HOJE,
INFELIZMENTE ESCRITO
EM PORTUGAL
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SINTO VERGONHA DE MIM

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte deste povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-Mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o 'eu' feliz a qualquer custo,
buscando a tal 'felicidade'
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos 'floreios' para justificar
actos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre 'contestar',
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.

Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino

e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!

'De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto'.

Rui Barbosa


SINTO VERGONHA DE MIM

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte deste povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-Mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o 'eu' feliz a qualquer custo,
buscando a tal 'felicidade'
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos 'floreios' para justificar
actos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre 'contestar',
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.

Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino

e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!

'De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto'.

Rui Barbosa

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DESPERDICIO

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Ontem à tarde estava a tomar a bica e a olhar o hoeizonte longíquo da direcção de Mertola, gosto de vêr o dourado da paisagem nesta altura do ano

Então, baixei o olhar e dei comigo a observar o edificio do Mercado e aquelas lojas inenarráveis que ali estão abandonadas, fechadas, tristes, cheias de pó, testemunho vivo (ou morto?) duma infeliz decisão.


Não sei há quanto tempo estarão inativas aquelas lojas (talho, charcutaria, informática), mas adivinho porque foram abandonadas pelos peimitivos arrendatários.
Construção péssima, especialmente o telhado ondulado ,comstruído num material desadequado para esta região e que torna o interior gelado no Inverno, um inferno no Verão, para não falar nas paredes, cuja espessura desprotege o edificio de clima extremos como é o clima seco desta região.

Penso qu alguma coisa terá de ser feita no futuro, pois Castro Verde não pode desperdiçar um equipamento destes, que calculo, tenha ficado cáro aos municipes...